A Associação Paulista de Medicina (APM), juntamente com a Secretaria da Cultura de São Caetano do Sul, por meio da Fundação Pró-Memória, e com o Rotary Internacional Distrito 4420, abre, no próximo sábado (dia 23/02), às 14h, a exposição itinerante Hiroshima e Nagasaki: um agosto para nunca esquecer!. Vista por mais de 25 mil pessoas, a mostra que relembra as trágicas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, ocorridas em 6 e 9 de agosto de 1945, vai estar na Casa de Vidro (anexo ao Teatro Santos Dumont, Av. Góias, 111 – Bairro Santa Paula).
A exposição foi inaugurada na sede da entidade da Associação Paulista de Medicina (APM) e de lá vem percorrendo as diversas regionais e outras instituições de saúde, começando por Jales, Catanduva, Botucatu, Presidente Prudente e Marília. Segundo o curador da exposição, Dr. Ruy Tanigawa, primeiro secretário da Associação Paulista de Medicina, a mostra busca exibir as conseqüências da arma nuclear, mostrando para o público seus efeitos impactantes no Japão e no mundo, e a importância em relação à paz.
“A exposição é direcionada especialmente aos mais jovens, com o intuito de promover uma ação educativa pela paz entre os povos e provocar reflexões sobre esse trágico momento da história mundial, 67 anos atrás”, afirma o doutor.
São 30 pôsteres com imagens e textos informativos e cinco DVDs que reúnem testemunhos dos sobreviventes, documentários e animações japonesas, todos eles vindos diretamente do Japão, por intermédio da Associação Médica de Hiroshima.
A mostra, que ficará no espaço até 09 de março, tem entrada gratuita e pode ser visitada de terça à sexta-feira, das 10h às 17h. Conta com parcerias com a Associação Médica de Hiroshima, Associação Médica Brasileira, Associação Hibakuba Brasil pela Paz, Fundação de Cultura pela Paz de Hiroshima e a Prefeitura de Hiroshima/Japão.
Bombardeios
O lançamento das bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki ocorreu no final da Segunda Guerra Mundial, em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente. Estima-se que cerca de 220 mil pessoas foram mortas nos ataques e outros milhares sofreram graves sequelas pela exposição à radiação.
A tragédia guardou histórias simbólicas como a da menina Sadako Sasaki, que será retratada na exposição. Personagem da luta pela paz, ela tinha dois anos de idade na época do ataque. Devido à radiação teve leucemia e após compreender que a doença fora causada pela guerra, passou a dobrar origamis de Tsuru (pássaro da paz) em manifestações públicas por sua saúde e pela paz.
De acordo com Milton Massato Hida, um dos colaboradores da exposição, “o intuito, além de relembrar as consequências da tragédia, é homenagear os sobreviventes que moram no Brasil, incentivar a abolição das armas nucleares e celebrar a paz”.
Mais informações na Fundação Pró-Memória, pelo telefone 4221-9008.