Covid-19: empresas estão agindo rápido na readequação do controle de finanças

Dicas para controlar as finanças da empresa em tempos de quarentena

Empresas precisam aplicar um plano emergencial no controle de finanças durante a pandemia do coronavírus (Covid 19). No curto prazo, efeito cascata afetará a todos os negócios; mas existem concessões e ferramentas para minimizar os impactos

Para superar a crise financeira e econômica instalada pelo coronavírus (Covid 19) no mundo, as empresas estão rapidamente implementando um controle mais rigoroso das finanças. O atual cenário requer atenção no fluxo de caixa, uma vez que o faturamento caiu drasticamente. Ajustes nas áreas de “contas a pagar” se fazem mais do que necessários, uma vez que as “contas a receber” sofrerão influências deste momento econômico; o conhecido “efeito dominó” já afeta a maioria das empresas. 

Por conta das restrições impostas pelas autoridades e a obrigatoriedade da quarentena para evitar a proliferação do Covid-19, boa parte das empresas estão fechadas, ou com as suas operações reduzidas. Com faturamento comprometido, certamente haverá atrasos para o pagamento de fornecedores e muita renegociação de prazos e valores. 

Também conhecido como “efeito cascata”, quando uma grande empresa atrasa o pagamento de um fornecedor, este por sua vez, também atrasará os seus pagamentos aos seus fornecedores, e assim por diante. De acordo com o professor e educador financeiro, Carlos Afonso, todos serão atingidos direta ou indiretamente. Somente com o uso de sistemas financeiros será possível fazer os ajustes necessários e analisar como o fluxo de caixa da empresa se comportará ao longo deste período, denotando ou não, a necessidade de se promover mudança, ou até mesmo, a necessidade de captar capital de giro para manter a operação durante o período mais crítico. 

“Lembre-se: o quanto antes agir, melhor. É um erro postergar decisões, por mais difíceis que elas sejam. Caso tenha operações de crédito contratadas anteriormente, aconselho desde já negociar com o banco uma carência para pagamento das próximas parcelas ou a redução da taxa de juros praticada. A taxa de juros que serve de parâmetro para o mercado financeiro é a SELIC e está fixada em 3,75% ao ano”, recomenda o professor Carlos Afonso, também autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho. 

A fim de se enfrentar a pandemia do Covid-19, o Governo Federal, bem como os estados e os municípios, têm publicado uma série de decretos, instruções normativas, portarias, entre tantas outras, diferindo (prorrogando) o vencimento dos tributos, reduzindo alíquotas, postergando data de entrega de declarações, entre outras. Várias dessas alterações de legislação afetam os negócios diretamente e darão um alívio no fluxo de caixa da sua empresa. “É importante conversar com o profissional de contabilidade e se informar como as medidas do governo podem lhe ajudar”, afirma o professor Carlos. 

Demissões 

As consequências da quarentena do Covid-19 já estão batendo à porta de muitas pessoas. Com a produção e o faturamento comprometidos, e enquanto possuem recursos financeiros para honrar com as despesas trabalhistas, diversas empresas já assumiram a postura de demitir seus colaboradores. 

A previsão do IBRE – Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas – é que até o final do segundo trimestre de 2020, cerca de 5 milhões de brasileiros entrem para a estatística do desemprego, levando este número ao patamar de 17 milhões de pessoas sem ocupação formal. 

Neste contexto, o governo publicou recentemente a Medida Provisória 944/2020, que institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, destinado à concessão de empréstimos exclusivamente para o pagamento da folha salarial, em razão dos impactos causados pelo Covid-19 nas relações trabalhistas. 

Esse programa destina-se ao empregador pessoa jurídica que não esteja em débito com INSS e que em 2019 teve receita bruta superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 10 milhões. O objetivo é cobrir a totalidade da folha de pagamento referente a dois meses, limitado a dois salários mínimos por empregado. “Vale a pena conversar com o gerente do banco para obter mais informações sobre este empréstimo e como se beneficiar dele. A taxa de juros é de 3,75% ao ano e poderá ser pago em 36 parcelas, com seis meses de carência”, informou o professor Carlos. 

O Professor Carlos ainda indicou o DESENVOLVE SP – instituição financeira do Governo do Estado de São Paulo –, que tem linhas de crédito disponíveis, inclusive com carência de alguns meses para o pagamento da primeira parcela. “É crucial cuidar do caixa da empresa nesse momento. É preciso atenção mais do que redobrada para fazer frente a esse momento, que, sem dúvida alguma, é o mais desafiador de todos os tempos”, encerrou ele.

Sobre o Livro Organize suas finanças e saia do vermelho 

De leitura fácil e rápida compreensão, o livro ‘Organize suas finanças e saia do vermelho’ foi lançado em agosto de 2017, pelo especialista em finanças, Professor Carlos Afonso, que é administrador, contabilista e sócio-diretor do Grupo MCR. 

O autor traz conceitos fundamentais para uma boa educação financeira, a fim de evitar que as pessoas adquiram o endividamento financeiro ou, se a dívida já existe, desenvolve dicas de como sair dela. Além disso, a obra ensina o leitor a pensar no futuro e, de maneira confortável, fazer o seu “pé de meia”.  

‘Organize suas finanças e saia do vermelho’ traz uma luz sobre esse importante assunto que afeta a vida de qualquer pessoa, desde o nascimento até o último suspiro. Relacionar-se bem com o dinheiro garante sustentabilidade financeira e uma vida melhor, livre de privações. (http://www.livrosaiadovermelho.com.br/)