O governo de São Paulo assinou na quarta-feira (30) o contrato de fornecimento de 46 milhões de doses da coronavac até dezembro deste ano. Outras 14 milhões de doses devem ser fornecidas pela Sinovac ao Estado até fevereiro do ano que vem. O contrato assinado nesta quarta também prevê a transferência de tecnologia da vacina ao Butantan, que é parceira da empresa chinesa e coordena os testes do imunizante em voluntários no Brasil.
O governo de São Paulo ainda aguarda a finalização dos testes que devem ser concluídos até dia 15 outubro, mas, segundo o governador João Doria (PSDB), se essa fase tiver sucesso e a vacina for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a vacinação no Estado poderá começar em 15 de dezembro e será iniciada pelos profissionais de saúde.
“Estamos confiantes no resultado dessa vacina. Estamos avançando positivamente com esperança de que essa será uma das mais promissoras vacinas contra a Covid-19. Vamos respeitar os procedimentos de testagem, e após aprovação da Anvisa, o início da vacinação está previsto para começar no dia 15 de dezembro, começando pelos profissionais da saúde”, afirmou Doria.
O estudo da vacina foi ampliado, de nove mil para 13 mil voluntários e acontece em 16 centros de estudos espalhados por sete estados brasileiros e o Distrito Federal. De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, sete mil voluntários já receberam o imunizante. Ele afirmou também que em outubro, o Butantan receberá a matéria prima para ser transformada em vacinas no instituto. Uma fábrica do Butantã entrará em obras em novembro e será ampliada para produção da coronavac.
Na semana passada, o governo do Estado divulgou um estudo feito em 50 mil pessoas na China que indicou segurança da coronavac. Segundo o governador João Dória, 94,7% dos voluntários não apresentaram qualquer efeito adverso, índice que se equipararia a outras vacinas já amplamente usadas no Brasil, como a da gripe.