Referência no tratamento e readaptação de animais, o Zoológico de São Bernardo já ultrapassou a quantia de 500 animais acolhidos em 2020, um volume já superior ao ano passado e que se sobrepõe às expectativas, dado o período de pandemia atravessado nesse intervalo. Geralmente, são animais vítimas de maus tratos ou da comercialização ilegal, mas há episódios que diferem, caso do jacaré de papo amarelo, que chegou ao zoo nesse dia 07/12, porém trazido de uma propriedade particular, no interior paulista. Com pouco mais de um ano, trata-se de um animal típico da mata atlântica e em risco de extinção, com expectativa de vida de até 70 anos.
“Ele chegou em boas condições, porém bastante arisco, especialmente pelo deslocamento e, agora, pela fase inicial de adaptação a essa nova vida. Será uma preparação para depois avaliarmos se há condições reais de reintroduzi-lo ao habitat natural ou destiná-lo para um ambiente de conservação de fauna, em especial, da mata atlântica, como é nosso caso aqui”, explica Marcelo da Silva Gomes, veterinário da equipe do zoo.
Denominado Perez, o jacaré conta com um parceiro – ou nem tanto assim, visto que machos dessa espécie não se permitem compartilhar amigavelmente mesmo território – nesse santuário do Zoo, trata-se do Diniz, um exemplar da espécie, com 18 anos, mais de 2 metros de comprimento e com mais de 50Kg. Já esse mais novo morador é bastante novo, com pouco mais de um ano, 6,2Kg e pouco mais de 1m de comprimento. Em suas primeiras triagens para aferições comuns à saúde, tem dado bastante trabalho à equipe, mas segundo o veterinário é um comportamento comum a essa faixa etária e espécie de réptil.