O país segue rolando ladeira abaixo, além de todas as ameaças políticas noticiadas nos últimos dias, com tanques nas ruas e falas claramente golpistas do presidente, a economia brasileira se esfacela. Desde 2016 estamos envolvidos em uma crise que ao invés de se dissipar, se aprofunda cada vez mais, um poço sem fundo.
Os índices de desemprego continuam altíssimos, a inflação bate recordes constantes. O mês de Julho de 2021 teve a maior alta de preços dos últimos 19 anos, a cesta básica em São Paulo está custando um salário mínimo, a fome e a insegurança alimentar voltam a rondar as famílias brasileiras.
Qual a resposta das elites brasileiras para estes problemas? A diminuição dos salários, a retirada da segurança e dos direitos dos trabalhadores através de leis como a Medida Provisória 1045 e a PEC 32 que institui a Reforma Administrativa (esta abre as portas para a corrupção através do compadrio por políticos).
Temos que deixar isto claro, as medidas propostas pelo governo federal não saíram magicamente da cabeça de Paulo Guedes e Bolsonaro, elas são uma agenda antiga da classe dos grandes proprietários nacionais e internacionais que aproveitam a atual crise para chicotear as costas do povo brasileiro, e o mesmo congresso que grita contra Bolsonaro, se apressa em aprovar todas estas medidas anti-populares.
Um mergulho no caos e no aprofundamento da destruição econômica do Brasil. Pois retirar das mãos dos trabalhadores a renda e a possibilidade de estabilidade, enfraquece o mercado consumidor interno, diminui o dinheiro em circulação, pois são os trabalhadores que movimentam a economia, não os poderosos empresários que acumulam dinheiro para gastarem no exterior com produtos de luxo. É o café na esquina, o pão no mercado, o uniforme da escola que movimentam o país.
Max Marianek
Graduado em História pela CUFSA
Graduando em Biblioteconomia pela USP
