Prefeitura irá investir R$ 3 milhões em modernização completa do espaço, após quase dez anos sem intervenções no equipamento cultural
A Prefeitura de Santo André deu início nesta semana nas obras de revitalização completa do Teatro Conchita de Moraes, localizado no bairro Santa Teresinha. A obra, com orçamento de cerca de R$ 3 milhões, representa o resgate de mais um marco histórico da cidade. A última intervenção no espaço cultural ocorreu em 2012, com a troca do palco e a estrutura metálica da área da plateia.
As obras vão contemplar a substituição completa – remoção e nova instalação – da cobertura, incluindo a estrutura, pisos internos e externos, revestimentos acústicos em paredes e tetos, caixilhos e portas, instalações elétricas, acessibilidade, regulamento de segurança contra incêndio, além das salas de ensaio, sala de figurinos, vestiários, biblioteca, depósito, camarins, palco, plateia, rampas, plataformas, sala de projeção, entre outros compartimentos.
Desde 2013 há uma recomendação do Ministério Público para que a área da plateia não seja utilizada por conta das condições da cobertura. Nesta semana, a Prefeitura anunciou a substituição da empresa responsável pela obra, já que a primeira colocada no processo legal de concorrência – Construtora Progredior Ltda – não atendeu os devidos requisitos. Assim, a segunda colocada, Ponto Forte Construções e Empreendimentos, aceitou executar a revitalização, estritamente em conformidade com a legislação. A intervenção contemplará diversas melhorias e adequações necessárias ao espaço, inclusive aquelas que foram objeto de observação pelo Ministério Público no passado.
História – O Teatro Conchita de Moraes foi construído na década de 1950 pelo Governo do Estado de São Paulo para servir como auditório da Escola Estadual Carlina Caçapava Melo. O espaço tornou-se ao longo dos anos o grande palco do teatro amador do ABC.
A partir de 1963, o local passou a sediar o Festival de Teatro Amador de Santo André (Fetasa), tornando-se um refúgio dos artistas da região, que engajavam montagens enredadas politicamente. Pelo palco do Conchita passaram atores como Antonio Petrin e Sônia Guedes, antes de se tornarem famosos.
Por volta de 1970 o auditório passou para o controle do município, por reivindicação do Grupo de Teatro da Cidade, o GTC, que pretendia transformá-lo na casa de espetáculos da cidade.