O deputado estadual e líder da bancada do PPS na Assembleia Legislativa, Alex Manente indicou ao governador do Estado, Geraldo Alckmin, a realização de estudos para a criação do cargo de nutricionista nas escolas das redes pública e privada de São Paulo. Segundo Manente, a indicação foi motivada por pesquisas que dão conta que a obesidade não é mais um problema só de adultos e já afeta inúmeras crianças, por absoluta falta de orientação alimentar. “O objetivo é ter profissionais que atuem na especificação dos alimentos e na adequação dos cardápios para melhorar a alimentação das crianças e adolescentes”.
Incluir nutricionistas nas equipes das escolas não é novidade no país já que outros Estados já adotaram essa medida. “Hoje a educação traz muitas demandas para o profissional de nutrição, que não se restringem à elaboração do cardápio. O nutricionista é também um expert com atuação essencial para a especificação de alimentos, adequação dos cardápios às peculiaridades de cada escola e definição das quantidades para evitar desperdícios no momento da compra. A presença do profissional é essencial para a promoção da saúde e desenvolvimento dos estudantes”, justifica o deputado.
Conforme levantamentos publicados em revistas especializadas de saúde, a obesidade deixou de afetar somente os adultos. Agora são as crianças e adolescentes que sofrem desse problema. “E o grande motivo é falta de orientação alimentar. Por isso, precisamos começar a conscientizar em uma fase anterior da vida para evitar que o estudante chegue à idade adulta com excesso de peso, o que ocasiona uma série de doenças crônicas não-transmissíveis associadas”, explicou Manente.
Outro ponto apontado pelo líder do PPS na Assembleia, é a lei federal que determina que 30% dos recursos para alimentação escolar sejam destinados à aquisição de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar. “Com isso, a merenda escolar vai ganhar em qualidade nutricional, mas também em complexidade. Mais uma razão para justificarmos a presença do nutricionista na escola, uma vez que a quantidade de alimentos perecíveis será maior e para a otimização máxima dos recursos e segurança alimentar”, completa.