O atleta mauaense Henrique Caetano Nascimento, de 23 anos, tem um sonho definido: participar dos jogos paralímpicos de Paris em 2024. Morador do Jardim Esperança, Henrique tem paralisia cervical e lesões no plexo braquial, que afetam seus movimentos. Vitimado por um erro médico, iniciou tratamento médico na AACD, donde foi encaminhado para reabilitação com outras crianças na natação, esporte com o qual se identificou desde o inicio. Henrique também praticou triatlo, remo, atletismo, mas ficou mesmo foi com a natação.
A paixão virou profissão e Henrique é atualmente um dos atletas com melhor desempenho em jogos e campeonatos. Sua última apresentação foi no campeonato brasileiro, onde Henrique obteve a medalha de prata no 100m Costas. O foco central do jovem atleta mauaense é a Olimpíada de Paris, em 2024. O esporte paralímpico oferece diferentes classes funcionais, cujos parâmetros são criados para reunir atletas que possuem um mesmo tipo de deficiência e com isso deixá-los em condições iguais ou próximas de competição.
A classificação funcional tenta agrupar os atletas que tenham perfis semelhantes. A quantidade e o tipo de classes em cada esporte são estabelecidos pelas federações internacionais de cada modalidade. A deficiência de Henrique tem a classificação global de s1 a s10 –que são aspectos físicos — e de s11 a s13, que são aspectos visuais.
Henrique se classifica dentro da meta de atleta de alto rendimento, mas sem entrar na categoria pódio. A próxima meta do paratleta é a classificação pro Parapan no Chile e tentar pegar o índice para ir para Manchester (Inglaterra), no Mundial Paralímpico. Mesmo com todos os desafios, Henrique diz que a sensação de estar entre os melhores naquilo que faz é gratificante. “A sensação de ser um dos melhores do Brasil é incrível. É algo que não esperava. Sempre tive o patrocínio só da minha mãe, já que sou de família bem humilde. Sou muito grato por ter o apoio dela e hoje ser um dos melhores na piscina”, destaca.