Primeira Feira Literária de Diadema comemora também o aniversário de importantes equipamentos culturais da cidade, como Biblioteca Oliria de Campos Barros e Museu de Arte Popular
A Secretaria de Cultura de Diadema realiza nos dias 13, 14 e 15 de outubro, no Centro Cultural Diadema, a Feira Literária da cidade (FLID). O evento, que a partir deste ano vai substituir o Festival do Livro e Leitura do município, terá realização anual e em sua estreia faz uma homenagem a Guimarães Rosa. A escolha do escritor é também uma celebração à cultura popular.
A feira ocorre no ano em que a Biblioteca Oliria de Campos Barros completou 55 anos de fundação e o Museu de Arte Popular (MAP) da cidade faz 15 anos. É também o ano de celebração dos 100 anos do Modernismo no Brasil, um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística brasileira, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. Desta forma, a Flid, os aniversários, se somam em uma grande celebração da cultura.
A escolha específica de Guimarães Rosa como o homenageado da Flid parte da constatação de que seus contos e romances se ambientam, quase todos, no chamado sertão brasileiro e que o regionalismo centrado na realidade sertaneja marcou muito a terceira fase do Modernismo. “A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares”, detalhou a coordenadora da Rede de Bibliotecas de Diadema, Ruymar Marazo Soares.
Neste contexto histórico de encontro de celebrações para os equipamentos da Secretaria de Cultura de Diadema e de retomada da feira do livro, depois de mais de seis anos sem que o evento fosse realizado, houve o entendimento da Comissão Organizadora da FLID pela escolha de Guimarães Rosa. Diplomata, novelista, romancista, contista e médico brasileiro, ele é considerado por muitos o maior escritor brasileiro do século XX e um dos maiores de todos os tempos. “Guimarães é literatura de excelência e dialoga com as obras do MAP por se tratar das regionalidades do país”, conclui a coordenadora.