O 2023 se insinua cada vez mais no horizonte, mesmo assim, depois destes anos tão desgastantes, os últimos dias de 2022 parecem anos se arrastando devagar, porém, a saída de Bolsonaro se aproxima de maneira inexorável.
O capitão demonstra claramente o quanto foi atingido pela derrota eleitoral de 2022, mantém uma postura dúbia com os movimentos golpistas que se espalharam no Brasil, tentando ao mesmo tempo não se comprometer com um pedido aberto de golpe e manter acesa a chama dos pedidos de intervenção militar.
Aparentemente essa falta de ímpeto golpista do presidente neste momento é devido ao esvaziamento do apoio dos setores burgueses à suas aventuras e o medo de uma possível prisão, caso não costure algum tipo de acordo de esquecimento e anistia.
Entretanto ao manter esta postura, Bolsonaro acaba “queimando” sua influência sobre esses setores extremistas que continuam acampados em frente aos quartéis, inclusive, tais acampamentos encolhem a cada dia a olhos vistos.
O que acontecerá com esses setores do bolsonarismo? E o que acontecerá com Bolsonaro? Uma coisa é certa, não podemos reeditar uma política de conciliação, que deixe de lado a família Bolsonaro e as principais figuras que articularam todo esse movimento pós-eleição, não podemos pensar que é “chutar cachorro morto” exigir estas prisões, pois se eles continuarem impunes , depois de todas as suas expressões golpistas, um dia esse fantasma pode sair novamente do armário.