Com pouco mais de um mês de mandato, o presidente Lula demonstra com falas e atitudes que não teremos nada com que nos esperançar. Longe de mim imaginar que viveríamos um governo admirável, com responsabilidade e foco nos problemas reais do país, mas a pressa por acordos, inchaço da máquina pública e a preocupação com a manutenção do status quo do sistema político demonstra que viveremos a continuação de um governo que terminou em agosto de 2016 com o impeachment de Dilma Roussef. E que para deixar claro, não foi golpe.
Para quem não se recorda, vivíamos um período de recessão plena derivado de uma maquiagem para encobrir a falta de responsabilidade e um excesso de negociações espúrias que foram produzidas para a manutenção dos políticos do partido dos trabalhadores no poder.
Neste novo mandato, Lula trata de produzir bravatas populistas em abundância com o objetivo claro de camuflar a sua inépcia, criando adversários que deverão levar a culpa pela sua incompetência e apetite pela corrupção. A bola da vez no momento é o presidente do BC, Roberto Campos Neto que pelo fato de responder pela autonomia do banco já está levando a culpa pelo previsto baixo crescimento do país.
Mas as peripécias do novo governo não param por aí, a manobra sob a lei das estatais que tinha o papel de proteger empresas públicas da fúria dos políticos corruptos já foi feita abrindo assim espaço para o loteamento de cargos, nada muito inovador para quem já assistiu a esse filme. Outra ação que nos faz remeter a tempos sombrios é a abertura do cofre do BNDES para financiar obras e outros penduricalhos em países vizinhos que já acumulam mais de 4 bilhões de reais em dívidas com o banco.
E o preocupante é que tem muito por vir, talvez o que ainda não tenha chamado tanta atenção, é a sanha do presidente Lula pela tal regulamentação da mídia.
Algo que pode ser tão perigoso para nós meros mortais, como confortável para o governo em questão que poderá agir sem nenhum incômodo em seu plano claro de usurpação do país.