Lula e a Taxa de Juros

Nos últimos dias apareceu em todos os noticiários as justas críticas de Lula à política de juros altos realizada pelo Banco Central, que é atualmente comandado por Roberto Campos Neto, presidente nomeado por Bolsonaro e que graças à lei da autonomia do BC permanece à frente da instituição.

Lula acerta ao criticar a política de juros do Banco Central, esta diretriz cria obstáculos para o crescimento do país, mantendo o Brasil estagnado, encarecendo os necessários investimentos para a economia se desenvolver e voltar a gerar empregos.

Esta política tem outro resultado nefasto para o Brasil: ela remunera fartamente os rentistas e os ricos que possuem os títulos da dívida pública, enquanto restringe o investimento do estado em áreas prioritárias como saúde, educação, segurança, ciência e tecnologia, etc. Cada ponto percentual a mais na taxa de juros, aumenta a dívida do estado brasileiro para remunerar setores ricos do país.

Por isso essa gritaria do “mercado” (eufemismo para burguesia) contra as falas de Lula. Esta entidade fantasmagórica fala em todos os cantos que o estado deve diminuir os seus gastos, mas os gastos com saúde e educação, nunca os gastos com juros.

Diminuir a taxa de juros é abrir espaço para mais investimentos públicos nas áreas que interessam o povo brasileiro, além de baratear o custo do crédito para os investidores privados.

Outro aspecto interessante das falas do presidente sobre a taxa de juros é que Lula passa a atuar como líder político que direciona o debate público. Pela primeira vez, depois de um bom tempo, temos um ataque à couraça ideológica liberal que está incrustada na grande mídia. O presidente obrigou muitos “analistas” a perderem a máscara de “bons moços”, para defenderem uma política antinacional de juros altos que pagam tão bem aos mais ricos.

Ainda esta semana Lula anunciou o aumento do salário mínimo e o início da correção da tabela de imposto de renda, medidas necessárias que melhoram a vida do povo trabalhador brasileiro.

Max Marianek
Graduado em História pela CUFSA e funcionário público