Geovane Correa fala de seu mandato como presidente da Câmara de Mauá e da contraditória pesquisa eleitoral

Eleito em 2020, para o seu primeiro mandato como vereador pelo Partido dos Trabalhadores, Geovane Correa, assumiu neste ano, a presidência da Câmara de Vereadores de Mauá e a comandará no biênio 2023/2024, ano eleitoral importante para a cidade, comandada pelo prefeito Marcelo Oliveira.

Geovane falou de seus planos e metas para este biênio, principalmente no que tange a área social que foi deixada de lado pelos ex-prefeitos nos últimos mandatos, o que não vem acontecendo agora.

Jornal Imprensa ABC: Fale um pouco deste seu primeiro mandato como vereador e agora presidente?

Geovane Correa: Estou vereador em primeiro mandato, sempre estive ao lado do prefeito Marcelo Oliveira, venho de movimentos sindicais. Primeiramente vim conhecer o sistema e saber como funciona – porque o vereador tem um papel importante por ser um elo entre a população com o executivo e os secretários municipais procurando dar atenção e resolver os problemas pontuais. Nosso mandato tem como destaque a área social em parcerias com as ONGs e associações.

Muitas vezes o poder público não tem como chegar a todos os lugares periféricos, aí entra o vereador.

Imprensa: O senhor tem algum projeto importante em parceria com o executivo na área social?

Geovane: Foi apresentado na Câmara neste mês de março, quando já estamos em nosso terceiro ano como vereador, um projeto especial que irá ser votado; o “Projeto Mais Solidário” que acontecerá sempre no mês de março, projeto de minha autoria, que busca pessoas que possam doar algo, ou alguma coisa e a pandemia nos ensinou a ser solidário com as pessoas. Qualquer tipo de doação serve roupas, sangue, alimentos e até “carinho”, porque a população está carente de tudo. Aí também entram as instituições não governamentais, para fazer este papel na periferia da cidade.

Imprensa: Como é sua relação hoje com o prefeito Marcelo Oliveira, depois de vários problemas causados pelo grande volume de águas que atingiu o município nas últimas semanas causando grandes transtornos a população da periferia?

Geovane: Nossa relação é bem próxima, conheço o prefeito bem antes da política o conheço na área de metalurgia, ele da GM e eu da Paranapanema, e nos conhecimentos nos movimentos sindicais. Daí ele se elegeu depois de três mandatos e se tornou prefeito. Uma pessoa que irá fazer muito pela cidade ainda, reconstruindo a cidade que estava praticamente abandonada pelos ex-prefeitos, principalmente o último prefeito.

E quanto as catástrofes?

Nós pegamos o governo da cidade de Mauá, em dois momentos muitos críticos e distintos – a pandemia da Covid-19 isso foi mundial a qual o prefeito Marcelo enfrentou com maestria durante os dois anos e a segunda, foi a catástrofe administração do ex-prefeito Atila Jacomussi, que depois de fazer uma desastrosa administração e ser preso pela Polícia Federal e a presença constante do Gaeco, os casos de dinheiro na panela de pressão. Mauá com todos os problemas que teve com a administração Atila, perdeu toda a credibilidade e não tinha crédito em lugar algum, porque foi um entra e sai de prefeitos durante todo o seu mandato, quando esteve preso por duas oportunidades pela Polícia Federal por desvio do dinheiro da Merenda Escolar, deixando nossas crianças sem alimentação e dinheiro do hospital de Campanha. A cidade ficou ao Deus dará.

Marcelo com apoio da Câmara, deu a volta por cima e através de muito trabalho está fazendo um governo sério, e acima de tudo conseguiu investimentos que a cidade jamais teve em toda a sua história.

Várias obras estão em andamento em todo o município, como recapeamento em diversos bairros, obras de zeladoria e a chegada de novas empresas que viram a oportunidade de aqui se instalarem com o novo governo sério que foi estabelecido na prefeitura. Posso dizer que a casa está quase em ordem, depois da catástrofe, e aparece agora nas páginas de jornais com manchetes positivas e com crédito para fazer obras prioritárias e investimentos. Os frutos plantados pela administração com nosso apoio, estão aparecendo.

Imprensa: Essas transformações também serão de combate as enchentes que ocorreram nos últimos dias?

Geovane: A questão das chuvas que aconteceram em Mauá será combatida com a construção de piscinões ao lado do teatro municipal. Por falta de vazão para acabar com as enchentes; iniciando esta obra vai aumentar a vazão através das bocas de lobo no Centro. A catástrofe natural causou uma morte na cidade. Depois de conversado com o governador de São Paulo foi decretado estado de emergência na cidade por seis meses. O presidente Lula, também se solidarizou com a situação que se instalou em nossa cidade com as chuvas e está providenciando recursos para atender a todas as famílias atingidas através de ministros das cidades.

Imprensa: Quais os projetos de relevância poderiam ser votados na Câmara para amenizar o sofrimento da população no biênio 2023/24?

Geovane: O vereador não pode apresentar projeto que onere os cofres públicos do município, mas temos um projeto que todos estamos trabalhando juntos com a administração. Um projeto muito importante é para as mulheres, em comemoração do mês da mulher. É o projeto acolhedor para proteger as mulheres de agressões em conjunto com a Secretaria da Mulher. Não é uma casa acolhedora, por que em muitos casos as vítimas nem podem ficar na cidade – esse projeto a ser debatido no Legislativo destina um auxílio para a mulher se manter longe de seu agressor. Um dos projetos mais importantes na cidade, é permitir que o prefeito faça empréstimos para serviços de recapeamento em evidência, que já está em andamento na cidade.

Imprensa: Como o senhor vê as pesquisas divulgadas recentemente que colocam o ex-prefeito como o favorito em 2024 depois de ter sido preso pela PF em duas oportunidades?

Geovane: Acho que está muito cedo para divulgar as pesquisas. As pesquisas na nossa visão, andando pela cidade, – porque nosso mandato está nas ruas e nos bairros trabalhando e não reflete em nada os números apresentados, é bem diferente.

Imprensa: A pesquisa pode ter sido direcionada?

Geovane: Sim, pode. São vários fatores que fazem uma pesquisa. Sendo que depende de onde foram feitas as pesquisas, quantas pessoas foram ouvidas, em quais bairros, com quem, qual direcionamento e principalmente quem a contratou e qual o intuito – só interessa a pesquisa a quem encomendou. A pesquisa não condiz em nada na administração.

Eu quero acreditar que a população de Mauá não quer de volta um prefeito que tirou merenda escolar da boca de nossas crianças, foi preso duas vezes pela Polícia Federal, desviou dinheiro do Hospital de Campanha que foi instalado no Paço Municipal durante a pandemia prejudicando a população além de esconder dinheiro em panelas – que foi apreendido em sua casa.

Essa pesquisa não nos preocupa é muito contraditória no atual momento e só beneficia quem a contratou. “Tanto que não se elegeu”.

Considerações finais

Eu quero dizer que estamos tranquilos em nosso mandato e fazendo um diálogo muito aberto e importante com todos os vereadores e o prefeito. Um diálogo independente de partidos políticos, – por que quando nos propusemos a estar como vereador e agora presidente do Legislativo, foi para trabalhar em prol da cidade e de sua população, acima de qualquer coisa.