Hans Christian Andersen (1805 – 1875), nasceu na cidade de Odense, Dinamarca, filho de um sapateiro e uma lavadeira, é um dos mais consagrados escritores da literatura para crianças do mundo todo! Criador do Patinho Feio, O Rouxinol, Nicolau Grande e Nicolau Pequeno, A Sereiazinha, Polegarzinha, Soldadinho de Chumbo, A Princesa e a Ervilha, A Rainha da Neve, Mágoas do Coração e muito mais!
Tommelise é o meu destaque de agora! Hans C. Andersen inventou esse nome para a personagem deste conto. Tomme, em dinamarquês, quer dizer ‘polegar’ e Lise é um nome próprio. E assim, Tommelise significa menina pequena como polegar.
Conta Andersen que uma mulher foi procurar uma velha bruxa para pedir-lhe ajuda, pois queria muito uma criança bem pequena, mas não sabia como encontrá-la. A bruxa então, deu-lhe um grão de cevada especial, não era um grão de comer. Disse à mulher para colocá-lo num vaso de barro e esperar para ver o que aconteceria!
Desse grão surgiu uma bela flor, uma tulipa e entre as suas pétalas estava uma linda menina! Pequenina, miúda, delicada e por ser assim, foi chamada de Tommelise!
Esta pequenina viveu muitas aventuras entre flores e com encontros inusitados! Uma sapa, um besouro, uma rata e toupeira! Todos maiores que Tommelise e encantados pela sua beleza e bondade! Até um casamento foi arranjado para ela com a toupeira, imaginem só!
Ela era admirada, querida e desejada, mas não encontrava seu lugar, era tão diferente de todos e sentia que lhe faltava seu semelhante, com quem pudesse se encontrar. Aqueles com quem pudesse ser parte. Mas tão pequenina, não sabia se mais pequeninos existiam. Até que com a ajuda de uma andorinha, se defronta com o Anjo das Flores, tão pequeno e gracioso quanto ela! Por fim Tommelise encontrou seus pares! Via que de dentro das flores surgiam outros pequeninos também e que por ser tão bela, deram-lhe outro nome, Maia, mais bonito, disseram! Como é bom sentir-se integrado, não é?
Num ambiente com inúmeras flores, pássaros e animais, a aventura de Tommelise é um convite fantástico para refletirmos sobre a importância de se perceber a própria identidade! E claro, com outras inúmeras reflexões e percepções que a literatura nos traz.
Esta edição é projeto gráfico de Mary França e Eliardo França.
Boa leitura!