Santo André busca selo nacional de boas práticas no combate às ISTs

Cidade recebeu técnicos do Ministério da Saúde para avaliação “in loco” do cumprimento de metas para eliminação da transmissão de HIV, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis

Durante três dias, a Secretaria de Saúde de Santo André recebeu a visita de equipe do Ministério da Saúde responsável pela certificação do selo de boas práticas no combate da transmissão vertical (de mãe para filho) de HIV e sífilis. A certificação, pleiteada pelo município, vem ao encontro dos esforços realizados na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que incluem distribuição de preservativos, testagem em todos os equipamentos de saúde e o acompanhamento das gestantes e seus parceiros.

“Existem diretrizes nacionais para o enfrentamento dessas infecções. O aumento da oferta de testes, o acesso à informação e a maior adesão aos tratamentos, além da prevenção, refletem na redução dos casos. O cuidado oferecido à população garante a manutenção do tratamento de mulheres grávidas, e a realização adequada do pré-natal, delas e de seus parceiros, evita a contaminação e a transmissão aos recém-nascidos,” explica o secretário de Saúde, Gilvan Junior.

A programação teve início na segunda-feira (18) com reunião técnica no prédio do Paço Municipal, prosseguiu na terça (19) com visitas a unidades da Atenção Primária (Clínicas da Família e Policlínicas), ao CME (Centro Médico de Especialidades) Referência em Infectologia, à equipe do Consultório na Rua e ao Departamento de Vigilância à Saúde (DVS), entre outros serviços e programas municipais. O encerramento ocorreu nesta quarta-feira (20), no Hospital da Mulher.

“Essa mobilização de gestores, técnicos e especialistas municipais, estaduais e federais demonstra como Santo André está comprometida no combate às ISTs. Nosso objetivo é cuidar das pessoas e fortalecer o SUS”, ressalta a diretora de Atenção à Saúde, Luciane Suzano Cunha.

Validação em outubro

Os critérios para a certificação pelo Ministério da Saúde envolvem indicadores de impacto, como incidência de sífilis congênita, de infecção pelo HIV em crianças e taxa de transmissão vertical de HIV, além de indicadores de processo, que incluem proporção de gestantes com pelo menos quatro consultas de pré-natal; pelo menos um teste de HIV e/ou sífilis durante o pré-natal; proporção de gestantes em uso de tratamento antirretroviral e com tratamento adequado para sífilis. Durante a vistoria, todos os procedimentos de trabalho, desde acolhimento a técnicas laboratoriais, foram aferidos.

“Eu acredito muito nessa estratégia. O nosso trabalho é garantir que as próximas gerações possam nascer sem HIV, ISTs e hepatites. É um prazer conhecer Santo André e ver a potência que a cidade tem na Saúde, pois estamos falando de um caminho de eliminação da sífilis”, destaca a consultora da Equipe Nacional de Validação, Aranaí Guarabyra. 

A certificação é um procedimento do Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios para fortalecer a gestão e a rede de atenção do SUS, melhorando ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, parceiros sexuais e crianças, além da qualificação da Vigilância Epidemiológica. Neste ano, 100 municípios de todo o País pleiteiam esse selo de boas práticas.

O resultado da solicitação andreense deve ser outorgado no final de outubro, com premiação em dezembro, em Brasília (DF).