População indignada protesta contra venda do imóvel da Secretaria de Finanças de São Bernardo

Orlando Morando já comercializou 38 imóveis públicos à iniciativa privada

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) conseguiu novamente aval da Câmara Municipal para comercializar mais áreas públicas, medida que tem sido corriqueira em sua gestão. Desde o início do mandato, o tucano já colocou à venda 38 terrenos públicos.

Na última sexta-feira (16), munícipes indignados com a venda do terreno onde estava localizada a Secretaria de Finanças, que deve ser transferida para o CREC (Centro Recreativo, Esportivo e Cultural) Baetinha, realizaram protesto em frente à antiga sede da pasta, cujo leilão foi aberto no início deste mês.

Agora, mais quatro imóveis vão à venda, os quais somam cerca de 15 mil metros quadrados. O Projeto de Lei Nº 78/2024 foi aprovado na última sessão por 18 dos 28 vereadores.

Na justificativa do projeto, o Executivo afirma que manter próprios públicos nas regiões onde se encontram as quatros áreas que serão vendidas, desestimula novos investimentos. Destaca ainda, que esses espaços em poder de particulares podem representar maior arrecadação, ao invés da despesa que hoje a prefeitura tem com a manutenção e o custeio.

Entre as áreas já comercializadas pelo prefeito Orlando Morando estão outros imóveis, além da pasta de Finanças, em áreas nobres, como onde ficavam a Secretaria de Educação, o instituto de previdência dos servidores (SBCPrev), e a Tecelagem Tognato, o que tem provocado críticas e questionamentos, tanto de políticos, quanto da população

Novas áreas

O projeto de Lei aprovado em regime de urgência descreve, sem alguns detalhes de endereçamento, como o número, as áreas à venda: terreno de 420 metros quadrados na Rua Duque D’Aosta, na Vila Mussolini; 787,8 m² na Rua Walter Celli, Jardim do Mar; 373,10 m² na Rua Suíça, Taboão; área dividida em dois lotes (um de 6.930,9 m², e outro de 6.363,4 m²), localizada na Estrada Galvão Bueno.

s valores de venda não constam no projeto do Executivo, mas o pagamento poderá ser feito à vista ou parcelado. A propositura prevê parcelamento mediante entrada de 10% do valor total do terreno à vista, sendo que a última parcela deve ser paga até 10 de dezembro deste ano.