Weezer celebra os 30 anos de seu 1º álbum com show na estreia do festival Índigo

Parque do Ibirapuera foi o palco da primeira edição do evento que contou com cinco atrações principais, além de apresentação de DJs

Jefferson Oliveira

Jefferson Oliveira

4 de Novembro

No último domingo (2) o Parque do Ibirapuera recebeu pela primeira vez o festival Índigo, em tamanho menor se comparado a outros festivais que ocorrem pelo país. O evento contou com apresentações distintas que agradaram os mais diversos públicos, com boas apresentações ao ar livre, em um ambiente que não foi prejudicado pela chuva que foi bem mais leve do que se esperava – apesar que por aqui, é comum se esperar muita chuva no dia de finados.

Apesar da garoa no começo, do pouco público no início do festival, do som mais baixo que o normal e da ausência de atrações nacionais – com exceção aos DJs que tocaram entre os shows principais, em sua maioria mulheres que mandaram muito bem por sinal -, o Índigo entregou o que o público esperava, eficiência nos serviços, sem muitas filas de espera, para que o principal tivesse destaque: a música. Coisa que é pouco priorizada em megaeventos realizados hoje em dia.

A primeira banda que subiu ao palco foi a de punk japonês Otoboke Beaver, onde as integrantes interagiram o tempo todo com o público e realizaram um show enérgico. Na sequência, a espanhola Judeline fez sua estreia em um show um pouco tímido – talvez pelo público ser mais do rock -, mas que mostrou bem seu ritmo latino, e que contou com a presença da MC Morena.

Logo após, subiram ao palco os veteranos escoceses do Mogwai, que trouxeram seu rock instrumental bem ao fim da tarde, com um belo pôr-do-sol que espantou a garoa de vez do evento. Talvez eles foram os que mais sentiram o problema do som que estava baixo, e contrastou um pouco devido ao estilo da banda.

Em seguida, Bloc Party – banda que não vinha ao Brasil desde 2008 -, apresentou seu rock alternativo ao público, onde o ponto alto foi quando soltaram em sequência os hits “Like Eating Glass”, “Helicopter” e “Flux”.

Para fechar a noite, provavelmente a banda mais aguardada do dia, Weezer, apresentou um show que celebrou os 30 anos do Blue Album (1994), com 8 músicas dele no repertório e 21 no total. Fãs de todo o Brasil se fizeram presentes ao show que apesar de curta duração, pouco mais de 1h10, contou com 21 músicas. Com “My Name Is Jonas”, primeira tocada, o público já foi à loucura. Intercalando pelos álbuns da banda e com um telão que para cada canção, alternou imagens em alusão a cada um deles, e quando a música era do álbum homenageado, luzes azuis iluminavam o palco e a plateia, que curtiu com euforia um verdadeiro greatest hits da banda. Para encerrar, a banda emendou “El Scorcho” e “The Good Life” do álbum Pinkerton (1996), e mais duas do Blue Album, “Say It Ain’t So” onde o público cantou em coro com Rivers Cuomo, e para fechar a clássica “Buddy Holly” encerrou a noite do festival.

Que venha o próximo Índigo!