Oficina Regional definiu ações comuns em Gestão de Riscos, incluindo levantamento para remoção preventiva de famílias de áreas críticas
As equipes de Defesa Civil e Planejamento Urbano dos municípios do ABC definirão o mais breve possível o total de moradias de áreas críticas que precisarão ser removidas antes da próxima temporada de chuvas. O levantamento deve ser apresentado à Assembleia de prefeitos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC visando articulação, junto ao governo do Estado, em busca de recursos para auxílio moradia e construção de unidades habitacionais vinculada às remoções emergenciais. A proposta foi aprovada por equipes técnicas das prefeituras durante a “Oficina Regional de Planejamento das Ações Contingenciais Conjuntas”, realizada na sede do Consórcio.
O levantamento deve também atualizar o número real de moradores que ocupam áreas de risco 3 e 4 (alto e muito alto), estimado em duas mil famílias. A proposta de remoção imediata, no entanto, refere-se àquelas em situação ainda mais grave, que demandarão uma ação estratégica de curto prazo.
Durante a oficina foi anunciado o início da Operação VeRão para 1º de dezembro, que este ano apresentará uma novidade: a criação de procedimentos uniformes para o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) desenvolvido nas sete cidades. Dessa forma, as ações seguiriam uma padronização, para qualificar e agilizar o atendimento das equipes.
No próximo período de chuvas, as Defesas Civis dos municípios devem contar também com o auxílio dos pluviôMetros que estão sendo instalados nos municípios do ABC pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A entrega dos primeiros equipamentos foi anunciada em junho, no Consórcio.
Para o secretário executivo da entidade, Luis Paulo Bresciani, presente à abertura da Oficina, a atuação do Grupo Temático Gestão de Riscos, composto por integrantes dos Grupos de Trabalho Planejamento Urbano e Defesa Civil, é fundamental para ampliar a articulação regional na área. “A atuação integrada ocorre no sentido de cobrir a distância existente entre maiores e menores municípios, aprimorando as ações e melhorando o seu caráter técnico”, disse.
Bresciani lembrou os avanços já consquistados pelo Consórcio na área de Gestão de Riscos desde 2011, como o investimento na estruturação de cada uma das Defesas Civis da região, que receberam duas viaturas e equipamentos básIcos; o cadastramento dos municípios nos sistemas de alerta do Saisp (governo do Estado) e Cemaden (governo federal) e a contratação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas para a elaboração de Planos de Redução de Riscos nos municípios da região que ainda não dispunham desse instrumento.
Na Oficina Regional, que reuniu técnicos das diversas secretarias envolvidas com a temática do risco (Habitação, Defesa Civil, Planejamento Urbano, Obras, Assistência Social, Meio Ambiente, Saúde, etc.), os participantes debateram propostas que serão agora sistematizadas. Entre elas estão a criação de protocolos de comunicação entre as Defesas Civis, a implantação dos Núcleos de Defesa Civil (Nudecs) em todos os municípios, o uso intensivo de SMS, blogs, redes sociais e rádios comunitárias para alertar a população em situações de emergência, a criação de uma rede de mobilizadores para remoção preventiva emergencial de moradores; e o estabelecimento de monitoramento pluvio-hidrológico associado a um sistema de alerta regional, entre outras.