Taxa de desemprego diminui pelo segundo mês consecutivo no ABC

Expectativa para os próximos meses é positiva

Pelo segundo mês consecutivo a taxa de desemprego total na região do ABC se reduziu, passando de 11,2% em agosto, para os atuais 10,5%. O nível de ocupação cresceu nos Serviços e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, diminuindo na Indústria de Transformação, em especial na Metalmecânica. As informações foram divulgadas hoje (30), durante a apresentação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED ABC), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
O contingente de desempregados na região foi estimado em 148 mil pessoas, 7 mil a menos do que no mês anterior. Esse resultado decorreu do aumento do nível de ocupação (geração de 39 mil postos de trabalho), em número superior ao de pessoas que ingressaram na força de trabalho da região (32 mil).
“Foi o melhor saldo de número de ocupados para o mês de setembro da série histórica, com 39 mil pessoas”, lembrou o técnico do Dieese, Thomaz Jansen, ao apresentar a PED ABC. Segundo ele, mantém-se a expectativa positiva na região e no País até o final do Ano, como já vinha se desenhando na avaliação do mês anterior, quando foram interrompidos os três meses de crescimento do desemprego.
Entre agosto e setembro, a taxa de desemprego total também diminuiu na Região Metropolitana de São Paulo (de 10,4% para 10,0%) e nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 11,5% para 10,7%) e pouco variou no município de São Paulo (de 9,7% para 9,5%).
No ABC, o nível de ocupação aumentou 3,2% e o contingente de ocupados foi estimado em 1.265 mil pessoas. No detalhamento, segundo os principais setores de atividade econômica analisados, o nível de ocupação elevou-se nos serviços (5,1%, ou criação de 30 mil postos de trabalho) e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (4,1%, ou 9 mil) e reduziu-se na Indústria de Transformação (-1,8%, ou eliminação de 6 mil postos de trabalho), em especial na metal-mecânica (-7,2%, ou -13 mil).
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados cresceu 2,9%. No setor privado, aumentou o emprego com carteira de trabalho assinada (1,9%) e diminuiu o sem carteira (-2,9%). No mês em análise, o contingente de autônomos elevou-se em 5,0%.
Em relação ao mês anterior, permaneceu estável a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (42) e assalariados (43) e pouco variou a proporção dos que trabalharam mais do que 44 horas semanais para os ocupados (de 33,0% para 33,4%) e os assalariados (de 31,9% para 31,6%).
Entre julho e agosto, cresceram os rendimentos médios reais de ocupados (2,3%) e, com menor intensidade, de assalariados (0,6%), os quais passaram a equivaler a R$ 1.902 e R$ 1.953, respectivamente. Também se elevaram as massas de rendimentos de ocupados (4,1%) e assalariados (1,2%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos do rendimento médio real e do nível de ocupação.

Comportamento em 12 meses

Em setembro de 2013, a taxa de desemprego total na Região do ABC (10,5%) foi superior à observada no mesmo mês de 2012 (9,6%). Nesse período, a taxa de desemprego aberto elevou-se de 7,9% para 8,8%. Em termos absolutos, o contingente de desempregados aumentou em 14 mil pessoas, resultado da relativa estabilidade do nível de ocupação (mais 4 mil postos de trabalho) e do número de pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região (18 mil). A taxa de participação variou de 62,0% para 62,4%, no período analisado.
Entre setembro de 2012 e de 2013, o nível de ocupação pouco variou (0,3%), mas interrompeu o comportamento negativo observado nos últimos três meses, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu de movimentos diferenciados: aumento no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (22,3%, ou criação de 42 mil postos de trabalho); relativa estabilidade na Indústria de Transformação (0,3%, ou 1 mil); e retração nos Serviços (-7,1%, ou eliminação de 47 mil postos de trabalho).
O assalariamento total manteve-se em relativa estabilidade (-0,2%) na comparação dos últimos 12 meses. No setor privado, elevou-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (3,6%) e retraiu-se o daqueles sem carteira (-13,8%). No período em análise, aumentou o número de trabalhadores autônomos (6,2%).
Entre agosto de 2012 e de 2013, reduziram-se os rendimentos médios reais de ocupados (-3,7%) e assalariados (-2,4%). Também diminuíram as massas de rendimento reais de ocupados (-4,7%) e assalariados (-2,8%), em ambos os casos, em decorrência de reduções do nível de ocupação e dos rendimentos médios reais.