As fases da Lua

Tina Simão

Tina Simão

19 de Outubro

Através dos tempos, a lua mostrava o momento certo para o plantio, a colheita, o acasalamento dos animais, a caça, a pesca, as viagens e as mudanças climáticas. Os antigos, diziam que ela era como um cálice vazio, enchendo e esvaziando devagar, representando as mudanças cíclicas das emoções, reações, e necessidades humanas. Inscrições rupestres antigas encontradas nos sítios arqueológicos no mundo todo representam as fases da lua e as atividades a elas relacionadas.
Estudos científicos comprovam o efeito das fases lunares sobre os organismos vivos. É provado que na lua cheia há um aumento na tensão superficial dos líquidos do corpo, gerando pressão sobre os neurônios, resultando em mudanças comportamentais. Há um aumento de desequilíbrios mentais e emocionais, de acidentes, crimes e suicídios. Quando queremos entrar em sintonia positiva com a energia da lua é importante conhecer sua influência sobre os organismos vivos.
Na lua nova, há uma escuridão no céu, uma diminuição do campo magnético, a vida está no estado inicial de semente. Neste momento prevalece o instinto e a consciência ainda não foi despertada. Momento de plantar sementes, no jardim ou em novos projetos e atitudes.
Na lua emergente, fase seguinte a lua nova, é quando as sementes brotam. As sementes que não se desenvolveram devem ser arrancadas. Alguns planos são modificados outros descartados. Os brotos são o primeiro estagio do desenvolvimento de um projeto, exigindo cuidados.
No quarto crescente, ou meia lua, é o estagio do crescimento. Os objetivos já estão enraizados no nosso consciente, havendo determinação para concretizar projetos e compromissos. Tempo de agir, arregaçar mangas e trabalhar, enfrentar desafios, procurar a direção certa.
Na fase convexa a lua finaliza sua fase ascendente. Aparecem obstáculos, decepções ou desânimo. A planta está pronta para florescer requerendo ainda cuidados. Momento de analisar opções, ter paciência e verificar detalhes, abrir mão de algumas exigências.
Na fase cheia, de luz plena e oposta ao sol, o campo magnético da lua influencia os líquidos dos corpos vivos. Há uma exaltação de todas as manifestações. Projetos estão no auge. Se não forem realizados, haverá frustração e descontentamento levando a distúrbios emocionais; relacionamentos tornam-se obsessivos, ânimos estão exaltados.
Na fase disseminadora, dependendo dos acontecimentos na fase da lua cheia, haverá alegria ou tristeza e necessidade de revisão de passos. Momento de introspecção, avaliação dos frutos, resultados avaliados com clareza e assumidos integralmente independente de estarmos satisfeitos ou não, colher os frutos do que foi semeado, momento de ajudar aos companheiros que ainda não terminaram as colheitas.
No quarto minguante, é o momento de acerto de contas. Se os prazos foram cumpridos e as tarefas completadas podemos esperar recompensas. Se não houver satisfação com resultados finais é preciso encarar os fatos. Descobrir as mudanças necessárias para haver melhorias internas e externas. Aparecem, neste momento, sentimentos de inadequação e decepção. Não é o momento de entrar em crise mas de aceitar o morrer das sementes plantadas na lua nova, limpar o terreno e se preparar para novo plantio.
Na lua balsâmica, último estágio da lua minguante, é o período de retração, recomposição e renovação. A lua não tem, neste momento ação no seu campo magnético. É momento de silêncio e meditação, limpando e purificando a mente, ouvindo a voz interior, pois a percepção psíquica estará mais aguçada. É o tempo da chamada lua negra que nos faz contemplar nossos objetivos mais elevados e abrir espaço para as ações do destino. Renovação de energias e novo ciclo que chegarão com a próxima lua nova.

A Lua negra da transmutação

Esta fase lunar ocorre mensalmente, nos três dias anteriores a lua nova. É quando o disco da lua minguante, fino, diminui até desaparecer, mostrando a verdadeira face oculta da lua.
Os povos antigos nesta época dedicavam-se a rituais divinatórios, de cura e transmutação.
Quando as sociedades patriarcais começaram a imperar não compreendiam “ o desaparecimento da lua” e começaram a surgir lendas e superstições sobre demônios ou forças malignas que comiam a lua. Assim, acreditavam que a Lua Negra representava poderes destrutivos, tempestades, secas, guerras, doenças, momento em que os fantasmas e espíritos maus vinham a Terra. Achavam, também, que neste momento seres do mundo subterrâneo apareceriam em forma de serpente ou com serpentes nos cabelos.
A verdade real é que a Lua Negra facilita acessa as profundezas da mente; é favorável para trabalhos de transformação e renovação; para desvendar mistérios e sombras do nosso inconsciente; tem o poder de criar e destruir; curar e regenerar; descobrir e fluir com o ritmo das mudanças e ciclos naturais; reconhecer e integrar nossa sombra.
É comum presenciarmos a transição entre a destruição do velho e a criação do novo. É um período favorável para rituais de cura, renovação e regeneração. Este processo de transformação destrói padrões ultrapassados de condicionamento, comportamento e estruturação, liberando-nos do que não serve mais, do que é limitante, impedindo nossa expansão.
Na Lua Negra também conhecida como Lua Balsâmica, aprenda a se desapegar do velho para abrir espaço para o novo. Transforme seus desejos em amor por si próprio (a) e compaixão por todos. Liberte-se de sua falsa identidade e busque sua verdadeira sabedoria.
Invoque a Deusa da Compaixão e peça-lhe para abençoá-lo (a) com a sua luz e seu amor, regenerando sua vida. Dissolvendo as limitações de seu ego, para se tornar uma fonte de amor e abundancia para todo o mundo.

Fonte de pesquisa:
O anuário da Grande Mãe Mirella Faur
Edit. Gaia Alemdalenda

Tina Simão

Tina Simão

Mestre em Reiki, Taróloga, Terapeuta, Angelóloga, Escritora, Diretora do Luz Interior – terapias alternativas.