Municípios e IPT definem remoção urgente de 588 moradias em altíssimo risco

Prefeituras reforçam notificações das famílias e iniciam remoções

Um total de 588 moradias localizadas em áreas de altíssimo risco nos sete municípios do ABC deverão ser removidas preventivamente neste Verão para evitar o registro de catástrofes no período de chuvas. O número final foi levantado em comum acordo entre as prefeituras e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, órgão indicado pelo Governo do Estado para acompanhar os levantamentos feitos pelo Grupo Temático Gestão de Riscos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. A informação foi divulgada hoje (13), durante Reunião Extraordinária que precedeu a assembleia mensal de prefeitos da entidade regional.

Inicialmente, o IPT apontara 375 moradias para remoções emergenciais, número alterado a partir da entrega do Relatório do Plano Municipal de Redução de Riscos de Santo André, contratado pelo Consórcio.

Das moradias apontadas 307 estão em Santo André, 54 em São Bernardo do Campo, 40 em Diadema, 150 em Mauá, 30 em Rio Grande da Serra e 7 em Ribeirão Pires. São Caetano do Sul está fora da lista por não possuir áreas de risco de deslizamentos. Do total, mais de 120 moradias de São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires receberam das Prefeituras notificações que precedem as remoções, que já foram iniciadas em São Bernardo e Mauá.

Após pleito do Consórcio, o governador Geraldo Alckmin anunciou, em 23 de dezembro, que o Estado assumirá 50% do auxílio-aluguel para as famílias removidas. “Pedimos para cada cidade tomar as suas providências enquanto ocorre a tramitação de convênio para os repasses do Estado. Então é possível que as prefeituras tenham que assumir integralmente o primeiro e o segundo mês, para depois serem compensadas”, adiantou o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

Outro tema tratado foi a contratação emergencial feita pelo Governo do Estado para limpeza dos piscinões da região, preocupação reiterada pelos prefeitos ao governador, durante encontro da Agenda Metropolitana do Grande ABC, em outubro do ano passado, e em reuniões com a Casa Civil e Casa Militar, em dezembro. “Finalmente o Estado assinou contrato parcial para atender de forma emergencial enquanto não é feita a PPP (Parceria Público Privada) e esperamos que seja possível amenizar a situação neste início de ano”, disse Luiz Marinho. Os trabalhos de limpeza dos reservatórios foram retomados pelo DAEE no último dia 9.

A assembleia de prefeitos aprovou também, a realização da 1ª Conferência Intermunicipal de Proteção e Defesa Civil do Grande ABC nos dias 14 e 15 de março.