Luta contra o patriarcado é tema de A Vida Invisível

Melodrama nacional foi vencedor do prêmio de Melhor Filme da Mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes e pode concorrer ao Oscar como Melhor Filme Internacional

Bruno Chacon

Bruno Chacon

22 de Novembro

Adaptação do livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” de Martha Batalha chega aos cinemas esta semana e promete ser um dos grandes filmes nacionais dos últimos tempos.

Dirigido por Karim Aïnouz (Madame Satã e Praia do Futuro) a trama com o título “A Vida Invisível” – para a trama tirar o foco de apenas um personagem faz muito mais sentido – traz a cena uma cidade do Rio de Janeiro dos anos 50.

O longa conta a história de duas irmãs, Eurídice (Carol Duarte e Fernanda Montenegro) e Guida (Julia Stockler) filhas de uma família tradicional portuguesa que segue rigorosamente o sistema patriarcal, que ainda assombra os tempos atuais.

Eurídice é uma garota introvertida, e muito talentosa, que sonha ser uma pianista de sucesso. Já sua irmã mais velha, Guida, é completamente o oposto, desinibida, que sonha em viver um grande amor, que faz com ela fuja de casa com o namorado. Essa separação entre as irmãs, faz com que Eurídice tenha que se tornar a filha perfeita e construir uma família convencional, o que acontece quando ela casa com Antenor (Gregório Duvivier).

Após um tempo Guida retorna grávida e sozinha, porém é expulsa de casa pelo seu pai, e aí começam uma série de desencontros entre as duas irmãs que já vivem em universos distintos porém com as mesmas dificuldades impostas às mulheres, da época e de hoje.

“A Vida Invisível” é um filme que vale a pena dar uma olhada, principalmente pelo seu enredo que faz o espectador pensar e se emocionar. Um longa que mostra que o cinema brasileiro ainda resiste.

Classificação: 16 anos
Elenco: Carol Duarte, Julia Stockler, Gregório Duvivier, Fernanda Montenegro
Direção: Karim Aïnouz
Gênero: Drama, Romance