Desde 1948, Israel tem sistematicamente ocupado os territórios palestinos, expulsando o povo de suas casas e terras, estabelecendo assentamentos de caráter colonialista e impedindo a criação de um Estado soberano, mantendo os palestinos em uma situação de apartheid.
Os palestinos enfrentam diariamente violações sistemáticas de seus direitos, sofrendo humilhações, espancamentos e assassinatos por parte do exército israelense, além de cortes de energia e barreiras ao acesso a alimentos, entre outros problemas.
No entanto, não vemos toda essa violência cometida pelos israelenses nas televisões. Em vez disso, testemunhamos um constante processo de desumanização do povo palestino, que é frequentemente retratado como bárbaro.
Compreender essa violência colonialista é o ponto de partida para qualquer análise séria sobre a questão.
A violência na região não começou agora; ela existia antes da fundação do Hamas em 1987. Mesmo se o Hamas for destruído hoje, a violência não terminará amanhã, pois é o apartheid promovido pelos israelenses e sua ocupação ilegal dos territórios palestinos que alimentam o fogo na pólvora.
Tariq Ali, autor do renomado romance “Sombras da Romãzeira”, resume a questão de forma clara: “Israel é um Estado nuclear, fortemente armado pelos EUA. Sua existência não está ameaçada, mas a dos palestinos, suas terras e suas vidas estão. A civilização ocidental parece disposta a ficar de braços cruzados enquanto eles são exterminados. Por outro lado, os palestinos se levantam contra os colonizadores.”
Max Marianek – Graduado em História pela CUFSA e funcionário público