Nesta semana, Trump conversou com Putin para discutir negociações de paz sobre o conflito na Ucrânia.
Os Estados Unidos deixaram a Ucrânia em segundo plano ao iniciar essas conversas, evidenciando o papel de mero peão que o país do Leste Europeu desempenha na política externa estadunidense.
Inicialmente, os EUA pressionaram a Rússia, utilizando o governo de Kiev como ponta de lança, ao ameaçar incluir a Ucrânia na OTAN. No entanto, a resposta ofensiva de Moscou e a incapacidade ucraniana de resistir ao avanço russo resultaram na extensão do conflito e no controle de diversos territórios ucranianos pela Rússia.
Agora, é evidente que, sem investimentos maciços dos EUA, a Ucrânia não tem condições de resistir à ofensiva militar russa. Com a nova postura do governo estadunidense, os ucranianos se veem em um beco sem saída.
Washington já deixou claro que não investirá mais no conflito e ainda pretende garantir acesso às terras raras da Ucrânia. Além disso, declarou que Kiev não integrará a OTAN e que a pretensão de retornar às fronteiras anteriores à guerra é irreal.
Os ucranianos embarcaram em uma aventura apoiada pelos EUA, mas agora são abandonados por seus antigos aliados. Caberá a Kiev arcar com o ônus da destruição e da perda de milhares de vidas.
Outro fato relevante é a insignificância diplomática da União Europeia diante dos EUA e da Rússia. Os países europeus comportaram-se como meros coadjuvantes da política externa norte-americana.
Como muitos já disseram: “Os EUA vão lutar esta guerra até o último ucraniano”. E é exatamente isso que está acontecendo.
Mais do que nunca, fica evidente que se trata de uma guerra dos Estados Unidos contra a Rússia, utilizando os ucranianos como bucha de canhão.
Max Marianek
Graduado em História
Funcionário Público