Santo André vai detectar problemas de visão nos alunos da rede municipal de ensino

‘Educando com Visão’ foi retomada na última quinta-feira (22); mutirão de consultas será realizado no dia 6 de outubro

Aluno realiza teste de acuidade visual (Diego Barros/PSA)

“Às vezes observamos alunos com dificuldades de aprendizado e não pensamos, de imediato, em problemas na visão”. A frase do diretor da Emeief Cora Coralina, Hugo Leonardo Almeida, resume o propósito do projeto Educando com Visão, retomado na manhã da última quinta-feira (22), em solenidade realizada na escola do Jardim Santo André.
A iniciativa envolve a Prefeitura de Santo André, por meio das secretarias de Educação, Saúde e Inclusão Social e do Rotary Club – Norte, que doará os óculos no final do processo. O objetivo é detectar problemas de visão nas crianças da rede municipal de ensino, fornecer óculos gratuitamente e proporcionar melhoria não só no aprendizado dos alunos, mas na sua qualidade de vida.
“Vamos torcer para que ninguém precise usar óculos, mas os primeiros anos de aprendizado são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Não podemos permitir que isso seja comprometido por não enxergar bem”, disse o prefeito Carlos Grana.

TRIAGEM – A primeira fase atingirá as cerca de 4 mil crianças da primeira série. Elas passarão por teste de acuidade visual realizado pelas vice-diretoras das unidades escolares, previamente capacitadas durante o mês de julho, com apoio das professoras.
Os alunos que apresentarem o problema serão encaminhados para a segunda etapa – um mutirão de consultas com oftalmologistas que será realizado no dia 6 de outubro. A previsão é entregar cerca de 500 óculos em novembro. “Talvez as crianças não tenham noção da importância deste ato. A estimativa é 20% dos alunos tenham problema na visão”, explicou o secretário de Educação, Gilmar Silvério.

INCLUSÃO – Em edições anteriores, foi observado que algumas famílias não davam a importância devida à dificuldade de visão das crianças, deixando de levá-las à consulta ou não garantindo o uso do óculos. Para evitar a situação, a Secretaria de Inclusão participa da parceria para realizar trabalho de conscientização junto aos pais dos alunos que apresentarem problemas.
“Vamos acompanhar as famílias identificadas para falar da importância deste tratamento, verificar se há outros casos em casa e, indo além do projeto, até incluí-la no cadastro Bolsa Família, se houver necessidade”, explicou a secretária Fátima Grana.
Desde a criação do projeto, em 2004, o Educando com Visão, já realizou aproximadamente 2 mil exames e auxiliou a correção de problemas visuais em mais de 1,2 mil crianças com idades entre 7 e 10 anos.