Golpe da resistência no PMDB de São Caetano do Sul

Durante a campanha para a eleição municipal o PMDB foi tomado pela tropa de choque do adversário. Para esvaziar o Partido, os filiados se transferiram em massa para o PSD, mantendo-se estrategicamente um grupo de resistência de peemedebistas de primeira hora, para litigar contra a truculência cometida, na tentativa de anular os atos de intervenção no Diretório Municipal.

O grupo de resistência saiu-se vitorioso, em parte, e dependia do ajuizamento de nova ação em busca do reconhecimento de nulidades que poderiam até implicar em perda de mandato e do retorno da primitiva direção do Partido. O grupo era formado por um ex-vereador da antiga e peemedebista histórico, que mantinha na Prefeitura a mulher e dois filhos; um procurador municipal aposentado; um suplente de vereador, que detinha cargo em comissão no governo passado e um ex-deputado. Estes dois últimos, com reduto no Bairro Nova Gerty.

O grupo passou a ser cortejado pelo Paço e acabou cedendo à tentação de conquistar cargos na administração. Fumaram o cachimbo da paz e tornaram-se farinha do mesmo saco. O ex-deputado, apesar de abastado, pediu e levou de presente um cargo de assessor especial, para faturar mais um pouquinho; o ex-vereador da antiga recolocou o seu clã na administração; e assim por diante, agiram os demais. Acabou tudo em pizza. A ideologia e o compromisso com o grupo foram para o espaço e o contribuinte continua pagando a conta com a criação de novos cargos.

Dr. Mauro Russo