“Haja Poluição Visual”

“Faltando pouco mais de duas semanas para o primeiro turno das eleições de 5 de outubro, nada está definido de quem irá enfrentar a candidata governista que tenta a reeleição a todo custo vomitando mentiras e inverdades sobre Marina Silva em seu programa político na tv.

As campanhas eleitorais costumam produzir importantes transformações na rotina das cidades, para o bem e para o mal. Assim, se é de louvar que o período seja propício para o debate de ideias, amplifica a discussão sobre temas de interesses locais e, mais o que tudo, ajuda a consolidar as bases de um regime democrático, claro está também a eleição traz consigo pontos negativos que poderiam ser evitados.

Um deles é a forma abusiva como os candidatos interferem na paisagem urbana num total desrespeito ao pedestre de qualquer cidade, independente do tamanho do seu colégio eleitoral, como é o caso de São Caetano que tem por volta de 123 mil eleitores. Nesse cenário os tais cavaletes e placas que trás a foto e o número dos candidatos são os que mais chamam a atenção de quem anda pelas ruas e avenidas nas cinco cidades do Grande ABC e Capital.

Onde quer que se vá lá estão eles, disputando espaço entre si, com uma infinidade de outras mensagens publicitárias que já fazem parte do cenário cotidiano da cidade. Como a Lei cidade Limpa, de caráter municipal, não pode se sobrepor á legislação eleitoral quase nada se pode fazer para impedir a ação dos candidatos, a não ser torcer para que o período eleitoral acabe logo e as ruas e praças voltem à normalidade.

Seus cavaletes emporcalham o visual urbano. Cabe a Justiça Eleitoral a fiscalização e a punição aos que teimam em infringir as normas, mas a opinião pública já tomou partido e se mostra contrária a presença dessas peças, o que pode ser comprovado com correntes de mobilização que tem ganhado corpo nas redes sociais, incentivando a retirada dos cavaletes como foi feito em Santo André pela Justiça Eleitoral.

Em resumo, ainda que amparada pela lei, essa postura dos Candidatos é no mínimo inadequada, como sabemos cavaletes não votam, ao contrário, tira votos. A postura não combina com discursos de palanque que, quase sempre, defendem á ordem pública, ruas limpas, calçadas em perfeitas condições… É quase uma contradição que as mesmas pessoas que prometem melhorar a qualidade de vida das pessoas acabem agindo de forma individualista, colocando seus interesses pessoais a cima do interesse coletivo. Certamente, há outras formas legais, eficientes e mais limpas de se fazer propaganda, seja politica ou não!!!”