Presidente diz que não comprou silêncio de ninguém em discurso e que gravações feitas pela Polícia Federal foram ilegais.
O Presidente da República Michel Temer em pronunciamento na última quinta por volta das 16 horas, disse que não irá renunciar ao seu mandato por causa de escutas clandestinas feitas pela Polícia Federal no caso envolvendo a JBS que fez gravações de áudio e vídeo quando pagou propinas no valor de 500 mil reais em dinheiro que foi transportado em uma mala (teve como interlocutor e recebedor o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), amigo pessoal de Temer), -além de pedir que os diretores do frigorífico comprassem o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso na Operação Lava Jato em Curitiba.
Para o presidente Temer – PMDB, em seu discurso, a notícia trouxe de volta o fantasma da crise política em que vive o país.
Também na quinta-feira (18), através do ministro Edson Fachin, o Supremo Tribunal Federal – STF e relator da Lava Jato, autorizou a abertura de inquérito contra Michel Temer a pedido da Procuradoria Geral da República – colocando assim o presidente formalmente como um dos investigados.
Dentro da mesma linha de investigação de recebimento de propinas pagos pelo frigorífico JBS, está o senador Aécio Neves – agora ex-presidente do PSDB, que também foi gravado e filmado recebendo propinas no montante de 2 milhões de reais também acondicionado em malas.
No primeiro mandato havia pedido de prisão para o senador Aécio Neves, o que foi negado pelo Supremo Tribunal Federal que só aceitou o pedido de afastamento dele de seu mandato.
Ações da Polícia Federal
Na manhã de quinta-feira em diligências em São Paulo, Brasilia e Minas Gerais, a Polícia Federal prendeu a irmã e assessora de Aécio Neves – Andréa Neves juntamente com seu primo Frederico Pacheco de Medeiros foram presos em Belo Horizonte. Andréa foi presa porque há suspeita de que ela também tenha pedido dinheiro ao dono da empresa JBL – Joesley Batista.