Secretário dos Transportes João Gaspar e prefeito Atila Jacomussi

Operação da Polícia Federal prende prefeito Atila e secretário de Mauá

Na última quarta-feira, uma das fases da operação Lava Jato comandada pela Polícia Federal e CGU – Controladoria Geral da União, foi deflagrada e teve como alvo cerca de 154 pessoas físicas e jurídicas que exercem funções públicas em prefeituras da região do litoral e interior do Estado.

Denominada como Operação Prato Feito, pois diz respeito ao desvio de merenda escolar, bem como superfaturamento e corrupção ativa e passiva de agentes públicos, e envolveu cerca de 30 prefeituras em todo o Estado de São Paulo, incluindo as do ABC, Mauá e São Bernardo do Campo.

Na operação, a Policia Federal tinha o nome de seis políticos citados para averiguação além de empresário e lobistas que fraudavam licitações e contratos da merenda escolar e a distribuição de dinheiro desviado entre eles.

O principal alvo da investigação, atingiu o prefeito de Mauá Atila Jacomussi e seu secretário de Governo e de Transportes, João Gaspar, filiado ao PC do B, que foram presos pela Policia Federal, que após fazer busca e apreensão em suas residências encontraram 588 mil reais em moeda corrente na casa do secretário.

A investigação também envolve o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (visto que o secretário o acompanha desde quando era deputado estadual e comandava seu gabinete, tendo desde a época feito gravações em que o prefeito provavelmente estaria envolvido nas negociatas), que após vistoria de sua residência a PF encontrou 87 mil reais, o qual não soube explicar a origem, sendo também preso para dar explicações.

Mesmo prestando declarações na sede da PF na Bela Vista, o prefeito de Mauá, Jacomussi, foi mantido em cárcere até a definição do TRF-3, a qual seu advogado recorreu através de Habeas Corpus, alegando ter o prefeito forum privilegiado, pois a autoridade federal entendeu que Atila foi preso em flagrante e não pode liberá-lo.

Com a prisão de Atila, deve assumir o cargo de prefeito interino até que se resolva a situação no tribunal, a vice prefeita Alaide Damo.