Gabinetes de 22 vereadores e ex-secretário também são alvos de busca e apreensão
A Polícia Federal de São Paulo prendeu na manhã desta quinta-feira (13/12) o prefeito de Mauá, Átila Jacomussi (PSB) durante a Operação Trato Feito. Outro alvo de prisão é o ex-secretário de governo da cidade João Eduardo Gaspar.
Segundo as investigações, nove empresas, de diferentes ramos, pagavam propina mensalmente para o prefeito.
Também são cumpridos mandados de busca e apreensão em gabinetes de 22 dos 23 vereadores da cidade. O único vereador que ficou de fora da investigação é o opositor ao prefeito Átila jacomussi. A PF cumpre ainda mandados na Prefeitura de Mauá, na sede da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), e na casa da coordenadora da Secretaria de governo de Mauá, Ione Scapinelli.
A ação de hoje é um desdobramento da Operação Prato Feito deflagrada em maio deste ano e que investigou desvios de verbas federais destinadas à compra de merenda escolar em três Estados (SP, PR e BA) e no DF.
De acordo com a PF, as nove empresas que mantêm contratos de prestação de serviço ou fornecimento de materiais para a Prefeitura pagavam propina ao prefeito. O ex-secretário de governo redistribuía os valores a outros integrantes do grupo. Os valores variavam de 10% a 20% dos valores dos contratos. Os escritórios das empresas também são alvos de buscas.
Esta é a segunda vez que o prefeito de Mauá é preso pela Polícia Federal dentro do mesma operação, no mês de maio passado, Átila ficou preso durante três meses pela Polícia Federal até conseguir um Habeas Corpus. No período quem assumiu foi a vice Alaíde Damo, que trocou todo o gabinete.