Com a disseminação da comunicação instantânea e abrangente através das redes sociais, o que se vê é demonização, o ódio à classe política e aos gestores públicos. As últimas eleições para o Executivo e o Legislativo (Federal e Estadual) revelaram a política da negação, da rejeição.
O voto não foi dirigido ao candidato e suas propostas, mas sim, contra os que estavam no poder; contra a chamada “velha política”. O jogo de forças se baseia no ódio ao adversário e no esquecimento das instituições. É chegada a hora de pensarmos mais nos Municípios, nos Estados e no País.
A sociedade precisa e deve gastar suas energias em busca da melhora da gestão pública, não importando quem esteja no poder. Os detentores do poder, também, não podem governar na base do ódio ao opositor, empregando a política do quanto pior melhor.
A sociedade civil, por sua vez, cria organismos de observação e controle da atividade pública e de seus dirigentes e estes organismos querem governar sem ter mandato.
Não foram votados, mas querem ditar os rumos da administração. A hora de conciliação e de sinergia para tirar o país da derrocada em que se encontra. Não é com ódio e esforços para que o gestor vá mal que vamos tirar o país do atoleiro. É possível se opor ao governante sem, contudo, atrapalhar a gestão ou se esforçar para que vá mal, como forma de oposição.
É hora de pensarmos não em nós mesmos e nos nossos grupos, mas nas novas e futuras gerações, para que os nossos filhos e netos tenham um digno legado. O Brasil precisa de mais amor para alcançar a conciliação.
Dr. Mauro Russo – Advogado