A discussão do momento gira em torno de um grupo de munícipes reunidos em uma entidade denominada Observatório Social – São Caetano do Sul. Essa entidade se propõe a estimular a transparência na administração pública, cobrando providências das autoridades constituídas.
A Entidade gerou um documento denominado carta da transparência e busca adesão a ela por parte do Executivo e do Legislativo. Como se sabe, o Legislativo municipal está dividido em dois grupos: – grupo dos 10 e grupo dos 9. Vários vereadores integrantes do grupo dos 10 assinaram a referida carta, enquanto que os vereadores integrantes do grupo dos 9 deixaram de assiná-la, sob o argumento de que já estão submetidos à legislação que trata da transparência e não devem se submeter ao controle de uma entidade privada.
Assinalam que o comando dessa entidade é formada por remanescentes aliados ao ex-prefeito e que, portanto, está exercendo oposição à administração atual, enquanto que durante a gestão passada, nada exigiram dos governantes. Um dos vereadores do grupo dos nove assomou à tribuna da Câmara e disse que essa entidade quer usurpar as prerrogativas dos vereadores eleitos, que só se conquistam através do voto, propondo que se candidatem.
O grupo dos 9 resolveu abdicar do direito de uso de carro oficial, enquanto que o grupo do 10 resiste a essa proposta de economizar o dinheiro público. Embora a entidade seja presidida e integrada por pessoas da mais alta idoneidade, está formada a celeuma, que merece uma boa reflexão.
Dr. Mauro Russo