Malcon - Revelação do Corinthians, veio das equipes de base.

O que fazer com as equipes de base!

Altevir Anhê

Altevir Anhê

20 de Dezembro

Por que alguns clubes revelam poucos jogadores! Administração dos clubes e federações, uma lástima!

Não se constrói um futebol bem organizado sem antes cuidar das equipes de base, cuidar com carinho, com respeito, sem manipulação, sem interferência de “dirigentes” ou de “empresários”.

Esse filme já está obsoleto, todos já viram por muitas vezes, vários e vários atletas que iniciam suas atividades com a expectativa de subir, gradativamente, que seja, mas com suas próprias forças, suas próprias qualidades técnicas, e no final são barrados por outros que são apenas “jogadores” que possuem o QI.

Lógico que os Clubes “Milionários” acabam contratando vários jogadores de alto quilate, ou alguns pouco menos, e formam uma equipe em condições de disputar vários Campeonatos e buscar Títulos.

Mas o correto, como alguns Clubes fazem, poucos na verdade, seria revelar vários atletas oriundos da base, para serem titulares em seus times.

Mas, desde que começaram a era dos “empresários” de futebol, quem tiver melhor “padrinho” tem melhor chance de subir para o Profissional.

Malcon - Revelação do Corinthians, veio das equipes de base.

Ai chega um, chega outro e os verdadeiros futuros craques, ficam perdidos pelo caminho, e poucos são aproveitados, na sua maioria acabam desistindo de tentar seguir a carreira.

Lógico que nem sempre é assim, mas, um Clube que quer formar jogadores para seu time principal com boas qualidades, que deveria ser o grande trunfo dos grandes Clubes, tem que tomar muito cuidado com as interferências nas equipes de base.
O treinador foi “indicado” pelo Diretor, sabe como é! Vai jogar somente aqueles que lhes interessam, ou não?

E o pior é que quando chega um jogador com boas qualidades, logicamente ele vem “respaldado” por algum agente ou empresário, e quando ele começa a se destacar, o Clube percebe que o jogador pertence ao dito cujo empresário que quer o “olho da cara” para negociar o atleta.

Aí começam os imbróglios, sejam no acerto salarial, como também nas futuras negociações e somando-se tudo o Clube que revelou o jogador fica chupando o dedo, e o dedo minguinho ainda.

De quem é a culpa? Ora, dos Dirigentes, que deveriam exigir que todo atleta que viesse fazer algum teste, ou mesmo que já viesse para fazer parte do plantel, tivesse pelo menos um contrato onde a maior parte do “passe” ficasse em favor do Clube formador.

Na maioria das vezes, o “empresário” acaba acertando com os pais ou responsáveis pelos atletas e daí fica muito difícil a negociação com os Clubes. Todos querem tirar vantagem. A famosa Lei do Gerson!

Infelizmente, nosso futebol está caindo pelas tabelas, não na parte técnica dos jogadores, mas, na inconsistência financeira dos Clubes, que na sua maioria estão falidos e comprometidos com a Justiça Trabalhista e com os Bancos e muitos ainda estão comprometidos com verbas das televisões, com empréstimo da CBF, e alguns com dívidas com a Receita, INSS, Fundo de Garantia, e com o Direito de Imagem.

A FPF e a CBF, que deveriam cuidar do nosso futebol, privilegiando as equipes de base, que serão o futuro do nosso futebol, está infestada de maus “esportistas”, corruptos, que nunca se preocuparam com a solidez dos Clubes, com a transparência, não faz nada para que isso possa ser resolvido, ao contrário se seduz facilmente por oportunidades e nem dão bola para os Clubes, onde a maioria deles estão falidos, deixando inclusive de arcar com pagamentos e rescisões de muitos atletas.

Cada Clube tem a obrigação de cuidar da sua casa, porém, se tivéssemos uma Confederação Brasileira que tivesse regras mais rígidas para que os Clubes se enquadrassem e não cometessem “deslizes” com seus atletas, não os deixassem sem receber pagamentos, com punições rígidas, rebaixamentos, perdas de pontos, perda de renda, quem sabe isso viesse a melhorar.

Não podemos eliminar os mandrakes do esporte, nem consertarmos as maléficas gestões nebulosas passando por cima das leis, mesmo que elas não alcancem o ideal da punição, mas, podemos sim, e devemos aplicar a Lei com rigor nas malandragens, nas corrupções, nas falcatruas que existem no meio do futebol, nos Clubes que desafiam a verdade, deixando pra trás dívidas e mais dívidas.

Estamos passando uma época de fogo, aliás, já passamos por isso, a vergonha dos nossos Dirigentes, obvio, que são alguns, mas que o nosso futebol não merecia.

Já bastava os 7 a 1 diante da Alemanha! Mas com certeza, todos, todos nós torcedores queremos que haja uma limpeza geral em todos os níveis do nosso futebol e que os verdadeiros esportistas cuidem dos Clubes e das Federações, como também e principalmente da CBF, para que nossos netos talvez, possam se orgulhar da Administração do nosso futebol.

No consciente, na razão, na verdade, Não acredito!

Altevir Anhê

Altevir Anhê

Jornalista e um apreciador do melhor do esporte e comenta em sua coluna o que acontece no universo esportivo brasileiro.